sábado, 20 de março de 2010

2010 79 calor

tem certas coisas que, por não entender, eu não consigo enunciar. eu comecei a chamar isso de desentendimento difuso. difuso porque eu não sei por onde começar a dizer aonde minha incompreensão começa.

então, você em pleno recife se dirige a algum lugar. encontra uma pessoa no caminho ou um conjunto delas. isso normalmente inicia uma conversa. esse é o unico pre-requisito para alguem falar do calor. e dá uma conversa até longuinha, para minha surpresa. mas vai de nada a lugar nenhum.

eu me pergunto porque. porque todo dia, todomundo, fala que ta quente. sinceramente, não é o mais quente que ja passamos. e se fosse, é serio que tem q falar sobre isso? deve ser o assunto mais falado de toda a cidade. o proximo passo é aparecer no jornal "que calor neh"na primeira pagina, sem se preocupar com a ortografia mesmo.

pra mim esse tipo de conversa, "tah calor hj", "que sol", entre outros, são placeholder, tapa buraco, conversa que acontece quando ninguem tem o que dizer.
serio, eu sou levado por essa conversa, eu fico pensando se o calor derreteu o cerebro das pessoas e elas nao conseguem pensar em mais nada.

[pausa para entrar em choque]

sei lá, é como eu disse, é uma incompreensão difusa. eu só não entendo.  não faz sentido para mim.
penso se é coisa de brasileiro, ou de nordestino, ou de pernambucano, ou de recifense. se não tivesse calor haveria outro topico de insatisfação publica, provavelmente de cunho politico ou ambiental.

me pergunto se em curitiba, quando ta frio as pessoas passam o dia todo, todo dia, falando do frio. ou se no rio as pessoas passam o dia falando do calor, que é consideravelmente maior que o nosso [40 graus]. penso se em sevilha, na espanha, no verão, as pessoas ficam o tempo todo falando do calor [52 graus].

acho que é coisa da gente mesmo.

eu, prefiro falar de coisas agradaveis. tipo, que ta quente, todomundo sabe, todomundo ja disse, o que merece uma menção honrosa é aquela brisa surpresa quebrando o mormaço. aquele arcondicionado saindo por uma porta entre aberta. aquela chuva que acaba com o mormaço, e faz o céu abrir sem você ter medo de torrar, mas sentir o cheiro da terra molhada junto com um ventinho.
quanto falo, isto é.

terça-feira, 16 de março de 2010

2010 75 lasanha

existe no mundo um grupo de  adoradores de lasanha. conheci um. eles são obcecados. tirando desse grupo aqueles que foram influenciados pelo garfield, existe um grupo dos verdadeiros adoradores de lasanha, independente da existencia do garfield. [e joey e a hype]

não sou tao fã de lasanha. o cheiro é ótimo. tem presunto, tem queijo, tem massa, e tem um creme branco meio esquisito no meio. não gosto muito dessa parte branca, o resto é bom.

mesmo não sendo um fã dessa comida tenho umas observações a respeito da lasanha que considero importantes para que fique perfeita.

para mim a lasanha deveria ser servida numa bandeja baixa, para que seja possivel visualizar as camadas da lasanha pela lateral, com o molho saindo vagarosamente e cobrindo os lados, enquanto o topo continua queijo.

o queijo deve estar tostado, o queijo é que da o cheiro da lasanha. a melhor parte da lasanha é quando você morde o queijo e ele está consistente e suficientemente crocante, não sei descrever esse queijo.

para pegar sua parte da lasanha eu acho que deve se usar algo afiado o suficiente para que voce possa cortas a lasanha sem puxar o queijo para baixo ou de qualquer outra forma deformar o formato da lasanha. as partes da lasanha que mais sofrem com o corte são o queijo e a massa. o queijo na forma ideal descrita acima é um pouco mais dificil de cortar do que se ele tivesse mole. já a massa fica dificil de cortar quando não é bem feita, e fica meio grudenta [no dente].

entao acho que tem que ter um utensílio para cortar e outro para pegar a lasanha por baixo e poder leva-la ao prato sem desmontar. no prato também deve haver uma faca afiada e um garfo para que a lasanha seja comida sem virar aquele vomito no seu prato, todo misturado.

se tiver muito molho fica mais fácil do presunto e a massa sambarem e a lasanha perder a forma.



eu acho que algumas lasanhas tem molho de tomate, deve ter, só n tenho certeza. é porque não lembro do molho branco que eu nao gosto em toda lasanha.

fui no Spaço Gourmet almoçar. porque era no caminho do consultorio de vera pra casa. devia ir lá mais vezes. é o melhor lugar para almoçar aqui por perto. comi umas coisas, e depois decidi comer a lasanha. por causa do cheiro somente, que estava muito bom e deu pra sentir desde a as lojas americanas.

comi, e dada a qualidade de lá, acredito que tenha sido uma ótima lasanha, não deve ter melhor por perto. e assim confirmo que não gosto tanto de lasanha. mas acho que eles poderiam tomar algumas dessas observações, principalemente em pegar e cortar a lasanha, que ja tava aquela mistureba laranja no meu prato antes mesmo de pagar.

segunda-feira, 15 de março de 2010

2010 74 maíra

paralelo ao post antes antes desse, maíra também é uma notavel presença em certas ocasioes, a vejo sempre por ai, falo com ela sempre. ela tem a atenção de se desviar de seus amigos para falar comigo, eu noto isso. é ótimo falar com ela, [engraçado as vezes imaginar a maíra que conheci no contato]. e tal.

2010 74 Muse The Resistance

o cd é bom, as duas primeiras musicas são excepcionais. undisclosed desires a primeira impressão nao é tao boa quanto as duas primeiras. o cd é todo bom. alyne fez uma observação sobre musicas longas, eu achei engraçado pq ela mencionou só 7 minutos. eu que escuto dreamtheater e king crimson, não me abalo.

2010 74

segunda feira, primeiro dia de aula. a dúvida sobre onde comer, antes ou depois de pegar o onibus, com severas implicações. por falta de lugar agradavel, comer depois do onibus.

descendo na parada, encontro jp, rhay e marcel. marcel vai pagar linguagem gráfica verbal: tipografia, comigo.

eu não sabia o nome dessa cadeira, e da maioria que escolhi esse semestre. isso porque o periodo de matricula aconteceu na data normal, e as aulas 1 mês depois. assim, a quantidade de visitações ao siga me fez apenas ter uma memoria das posiçoes dos retangulos de cor pastel que formam meu horário esse semestre. quando fui fazer meu horario no gcal precisava de um nome, com o siga aberto para conferir as cadeiras pendentes, anotei o codigo das cadeiras e o horario.

eu gosto de codigos, mas isso foi coincidência. assim, eu cheguei na federal sabendo apenas os codigos de algumas cadeiras, e nao seus nomes. ate a cor da cadeira, quando tulio perguntou, eu sabia a do siga, mas nao lembrava que era azul no horário.

isso tudo é muito bizarro, nomes e cores. foi a graça do momento quando eu disse que a cadeira que eu ia pagar nesse horario era a dd124.

mas eu gosto de codigos. as cadeiras deveriam ter um codigo que as identificasse por completo, não só um codigo burocratico, assim, do codigo poderia-se inferir o nome da cadeira e do nome poderia-se inferir o codigo.

algo como dd124 poderia equivaler a Design D[algo aqui] 2010.1 sala 24.
dava pra fazer algo como Nome da Cadeira, Categoria, 00 sala
isso seria: NC C 00
talvez ainda seja necessário acrecentar algo para evitar que se repita codigos seja por iniciais semelhantes no codigo, ou por mudanças na sala ou no ano. sei lá.

"qual é a sala dessa cadeira?"
"pelo nome XY Z 99, a sala é a 99, mas vê lá no dept."


eu devo me lembrar que comer depois de pegar o onibus não é deve ser considerado uma opção mais.
primeiro porque a cantina, o aquarela, é feio e cheio de pessoas, desagradavel, quente e com escapes visuais desvalorizados. tem fila pra pagar sempre.
segundo porque ao chegar no cac a melhor opção é ficar com as pessoas no hall. ainda mais no primeiro dia de aula.

é uma das melhores coisas de design. chegar sentar no chão, conversar [agora um chão democrático, com cadeiras para quem deseja sentar em cadeiras][eu prefiro um chão ditatorial]

é necessário notar as pessoas que fazem esse hall agradavel [alem do vento e do chão negro e frio]
tulio, xefa, brunim, priu, isabela, clara, joao.
e pessoas excepcionais que marcam um começo de semestre como Alyne e Cecília. ja está gravado no meu cerebro que um começo de semestre é acompanhado do encontro com essas duas pessoas.
sissi chegou mais tarde como sempre, aline ja estava lá com nossos calouros lindos, que para mim são a imagem do slacking off no hall. porque eu acho que meus semestre nunca fez isso, a não ser por mim e alyne e outros que somos mais sociaveis e falamos com o pessoal.

nem da vontade de querer se formar.


muito feio.
eu lembrei que me recomendaram o ultimo cd Muse, diante dessa lembrança e na presença de alyne, sequer pensei, quando chamei a sua atençao para constatar que o novo cd de muse nao era especial. minhas palavras foram mais incisivas.
agi errado. eu sequer ouvi o cd completo, não deixei isso completamente claro no entanto.
tomei como base a opinião de bruno.

ela reagiu, defendeu o cd e a banda.
refletindo sobre a minha ação e o resultado, eu sei porque fiz, e eu gostei do resultado. eu gosto da forma que aline fala e se empenha para mostrar a opinião dela. no caso, a veemencia ao defender sua opinião, o gosto pela banda, sabe o nome das musicas e me explicou suas qualidades.

o fato de uma pessoa não se ver altera a forma como a cena acontece para ela. como será que alyne percebeu a situação? reflito sobre isso porque posso recordar que estava sorrindo. pois me sinto sorrir quando lembro dela avançando com os olhos abertos para expressar sua indgnação com minha contundente e desproporcionada afirmação. enquanto ela falava eu sorria.

alyne não se via, então como foi a cena para ela, vendo me sorrir [se eu estive sorrindo]?
e, me perdoe por desmerecer o album. foi apenas felicidade em te ver, canalizada em chatice.



saber que não vai ter aula é quase um ritual também, que foi cumprido.
[bateu uma luz diferente agora, bem no final de exogenesis part 2, a luz as 16h refletida pelopredio da frente que chega foi especial]
depois de toda a "dança" pra sair do cac e ir embora, vao embora no mesmo carro três pessoas lindas, alyne, sissi e xefa.