sexta-feira, 22 de julho de 2011

Jake Leg

essa banda awesome, Baroness, alem da musica boa, tem umas capas ridiculamente bem desenhadas e as musicas tem uns nomes assim bem "nada a ver" q vc nao sabe de onde veio.

as vezes isso nao quer dizer nada, as vezes quer dizer que tem muitos motivos simples por traz dessas coisas, motivos as vezes difíceis de ver ou pesquisar.

mas de vez em quando eu pesquiso sobre as coisas, e quando é musica é muito difícil achar algo, dessa vez foi o contrario. e essa é uma das coisas que quando você começa a pesquisar é levado a varias outras informaçoes, pra finalmente entender todo o contexto, ou entender ate onde voce quiser:


Jake é como se chama nos estados unidos a Jamaica Ginger, extrato de gengibre jamaicano, e era vendido como uma patent medicine, bem, patent medicine, eu tive que ir atrás, é aquele velho remédio enrrolativo que se vê em filme de velho oeste, e de onde provavelmente surgiu o aquele tipo de anuncio de vendedor de rua que seu produto cura tudo e deixa mais bonito e forte e tudo, que é só balela. curiosamente, esse nome, patent medicine, é uma inverdade, os 'remédios' nao eram patenteados, tinha apenas a marca registrada. patentear obviamente revelaria segredos ou falcatruas dos remédios.

a época dessa bebida é o século 19, época onde aconteceu nos estados unidos a lei seca, e coincidentemente jamaican ginger continha de 70% a 80% do seu conteúdo de etanol. e por isso que agora chamo de bebida, era vendida como medicina, mas parecia uma boa forma de escapar da lei seca e beber o seu de todo dia.

então, jake não era algo perigoso, mas o governo também o reconheceu como uma forma de burlar a lei seca, e impôs alterações na formula, que deixavam a bebida ruim. dois caras então, conseguiram desenvolver uma formula adulterada que passasse nos testes do departamento de agricultura mas mantivessem a bebida palatável. só que a substância que eles estavam usando para adulterar a formula, que pensava-se nao ser tóxica, na verdade é uma neurotoxina.

em 1930, apenas 3 anos antes do fim da desastrosa lei seca [coisa q eu sei por dois motivos, primeiro, nao vingou, segundo, Boardwalk Empire, HBO] uma grande quantidade de consumidores de jake começaram a perder o uso das mãos e dos pés, como diz no artigo do wikipedia q a este ponto eu estou apenas traduzindo,  algumas vitimas conseguiam andar, mas não possuíam mais o controle dos músculos que normalmente permitiam que apontassem os dedoes do pé para cima. assim para andar primeiro eles levantam a perna mais alto, com os dedoes do pé apontando pra baixo, e estes seriam a primeira parte do pé a tocar o chão, seguido do calcanhar [o oposto do que fazemos normalmente ao andar]. e começaram a chamar a forma de andar de jake walk, e dizer dos afetados que o que eles tinha era jake foot, jake leg, ou jake paralysis.

e é envolta desse assunto que o tema da música se estabelece.
a letra:


Jake leg!
Steal this wine away
Flay me
Underneath the brine

Running away
Through the sick and the pure
"Mind your feet!" lest they firmament tread

Crawl past the soft
Spiraled sinewy teeth
"Soiled dove!" steal the fruit of it's jaws

Lady!
Keep those hounds at bay
Feed me
The fruits of Avalon

The body's a vessel
The hands find a cure
"Flesh is weak!" and my lip needs a meal

Weak in the knees
And you're wet on the floor
"Ace of staves!" we will dance evercome

terça-feira, 19 de julho de 2011

lixo nas calçadas

estou cansado do lixo nas calçadas do recife. os recifenses nao querem resolver problemas, eles evitam os problemas. assim, recife poderia ser uma grande cidade, mas está populada de porcos que fogem de problemas.

há lugares que voce entende que não se importem com o lixo, os prédios, que nao devem nada a ninguém a nao ser quem está dentro do prédio. mas os prédios tem uma lei eu acho que os obriga a guardar o lixo em algum lugar no prédio, então pelomenos os novos tem um espaço com uma grade na sua parte desinteressante da fachada pra acumular o lixo.

prédios antigos como o meu guardam o lixo mas no fim do dia o colocam na rua pra o caminhão pegar. tem um prédio na minha rua inclusive, que é o mais nojento, que ocupa sua calçada já suja com lixo de um lado a outro, e o lixo desse prédio fede incrivelmente. e há prédios como os que eu citei, que estão de acordo com alguma lei ou algo que se passa por um bom costume, ele tem um grande muro cinza, e nesse muro uma grade que dá acesso a o local onde guardam o lixo, o lixo desse prédio nao só fede abissalmente como tem a habilidade de sempre liberar chorume, que escorre pela calçada, perto da parada de onibus. isso é no começo da rua do futuro.

mas os prédios são as construções mais egoístas, e os recifenses fogem dessas coisas. então, andar no recife é difícil; é quente, as calçadas são ruins, a sinalização é ruim, a segurança é ruim, então como os recifenses andam de carro nessas áreas, eles nao veem mais o lixo que seus prédios poem nas ruas.

o que me assusta mesmo é o NACC do recife, na rua do futuro também, que eu sempre uso para voltar pra casa a noite, depois do trabalho. na minha imaginação um lugar que se chama núcleo de apoio a criança com cancer é aquele lugar de pessoas boas preocupadas com o bem estar de criancinhas e tal, então você imagina bons cidadãos, e voluntários que parecem tao altruistas e nao cobram nada pra ajudar as pobres criancinhas com cancer. mas no final do dia o NACC poe a sua montanha de lixo na frente do prédio, e foda-se a calçada.

eu não sei se eu devia ver essas duas características separadas, a preocupação com crianças e a preocupação em colocar o lixo em algum lugar melhor que a calçada, mas pra mim faz parte da mesma preocupação de ser uma pessoa melhor, ou algo assim. me parece escroto vc cuidar das crianças com cancer e nao cuidar da sua cidade. é como ver um professor de escola dar uma aula sobre como o cigarro é ruim e depois ir fumar, ou como se um voluntario do NACC saísse de la depois de trabalhar e jogasse um papel de bombom no chão. você nao espera isso dessa pessoa.

em segundo lugar no meu top de lugares escrotos é o el Chicano, assim do topo da minha cabeça. o el Chicano é um bar que poe seu lixo na frente do bar, na calçada que a galera usa pra comer e beber, porque o bar poe mesas do lado de fora também. e eu lembro que o el chicano tinha um problema com esgoto, uma fossa, algo assim, e eles resolveram o problema, depois de um certo tempo, mas o lixo que fede e incomoda visualmente e atrapalha o caminho da mesma forma que o esgoto eles continuam pondo na frente do bar.

esse é muito irônico, porque eles estão querendo ganhar dinheiro ali, é isso que eles fazem, pagam uma de mexicano com cervejas de outros países pra vc gastar seu dinheiro lá, tem todo um investimento em ambientação e fachada, nao um investimento muito grande mas ainda assim um investimento, e na frente do bar eles poe todo dia um desinvestimento, o lixo. mas ai eu penso, que os recifenses nao se importam. porque o bar continua lá firme e forte, e as pessoas continuam indo.então eles nao devem se importar de viver no lixo, nem os que cuidam de crianças com cancer, nem os que querem se embriagar.

minha imagem final das calçadas do recife é que devem ser um tapete de chorume, e pensando nisso as vezes eu tenho nojo do meu sapato e tiro ele antes de entrar em casa. mas quando eu esqueço, como hoje, eu entro de sapato, eu devo ser meio recifense também.


pensando nisso eu tenho que dizer que nunca vi lixo na frente do fiteiro ou do neno, nao sei onde eles botam, mas parecem esconder bem [acho que o neno poe do outro lado da rua].

quando não é lixo é outra merda na rua, como a merda propriamente dita de algum animal, ou arvores [nao que eu ache que deviam tirar as arvores, mas deviam ter calçadas mais largas] e postes [os postes deviam ser tirados] e calçadas que não existem, e etc. acho que esse é um dos motivos que não consigo me ater muito tempo a uma forma de transporte, ônibus demora, o transito é um caos pra carro ou moto, bicicleta tem que brigar com os carros, e pedestre nao tem onde andar. revezo os transportes pra não enjoar.

e é isso que tenho pensado ultimamente sobre nossa cultura, do recife, ou do brasil, que é disfuncional em vários níveis e sentidos. disfuncional no mobiliario urbano, nas prioridades, na cidadania, no ensino, etc.

eu também sou recifense e nao estou propondo soluções, só desabafando. eu ando no meio da rua mesmo.

sexta-feira, 15 de julho de 2011

Juliet, Naked de Nick Hornby

as vezes é difícil classificar um livro sem entrar nos detalhes, e dizer apenas "bom" não é suficiente. no caso de Juliet, Naked eu digo que é muito interessante, mas eu não leria uma segunda vez. recomendo que seja lido, mas não com muita prioridade na sua lista.

pelo que eu li, como sempre, de forma breve e incompleta, sobre o livro, elel é bem criticado e comparado a qualidade do primeiro livro de Hornby, High Fidelity, que eu também li e gostei muito. Nick Hornby me parece escrever para o tempo em que ele está. nesse livro a internet se apresenta como parte das vidas das pessoas, wikipedia, forums e emails, e tem importancia para o desenvolvimento das vidas dos personagens como tem hoje na nossa.

se Nick Hornby consegue representar a internet com essa crueza e realidade é porque isso faz parte de como ele percebe as pessoas hoje, no livro o uso da internet nao é uma alegoria ou uma ficção exagerada, mas uma parte das vidas dos seus personagens, como ir trabalhar, pensar e beber.
[ao contrario de por exemplo, Stieg Larsson, onde o mundo digital é explorado por uma super-hacker, ou do imaginário comum de filmes]

o livro segue das perspectivas de três personagens, Annie, Duncan e Tucker Crowe, onde Annie é a personagem principal. Juliet, Naked é o nome do unico album de sucesso do artista dos anos 80 Tucker Crowe, que sumiu misteriosamente durante a turnê do disco, e Duncan é um aficcionado com a obra do artista, se auto intitulando "crowologist" e "scholar" no assunto. Annie enquanto personagem principal não está ligada diretamente a esses elementos presentes durante todo o livro, ela é a mulher/namorada de Duncan, num relacionamento disfuncional de 15 anos e a curadora do museu da cidade, descrita desinteressante, onde moram, chamada Goleness.


no decorrer do livro, do ponto de vista de Annie e seus pensamentos e impressões são delineados os outros dois personagens e a arte de a graça do escrito de Hornby está na hora que ele muda de perspectiva, acompanhando outros personagens e seus pontos de vista, o que acontece sutilmente por todo o livro, mas especialmente no momento que ele passa ao ponto de vista de Tucker Crowe.
então o que um faz por acaso, o outro pode ver como ironia ou agressão, e o que é visto como um ídolo e um mistério pode se sentir um fracasso e viver numa situação completamente inesperada do primeiro ponto de vista.

a graça de ler, e talvez a graça do escrever para o autor é a analise de como cada pessoa vê uma mesma situação, e como elas pensam a respeito disso, dado que cada uma tem apenas uma pequena janela para olhar, ou apenas algumas cores passando pelas suas lentes [escolha a metáfora] e poucas oportunidades para tirar conclusões.


o autor também pára aqui e ali para analisar como funciona a sociedade hoje, tomando como ponto o album de Tucker Crowe. um album bem criticado porem que não fez muito sucesso e um artista misterioso fazem alguns fans ao redor do mundo, que em outra época talvez nunca se conhecessem. com a internet, qualquer fan de qualquer coisa pode encontrar seus iguais e assim se encontram os fans de Crowe nos forums para discutir a obra, interminavelmente diminuta para o que é uma idolatração de duas decadas. assim, qualquer objeto é idolatrado eternamente, e nunca esquecido, mas cultivado, o que é uma irritação de Tucker, que preferiria o esquecimento.

o livro acaba de forma abrupta, e um de seus assuntos também é um dilema humano, sobre o que é aproveitar a vida, o que é errar, o que é acertar e o que é que causa arrependimento, talvez um reflexo da maturidade do autor [ou maior maturidade, ou menor imaturidade] e sob esse ponto de vista, não é uma história com começo meio e fim, mas a historia do fim de um período de 15 anos onde aparentemente nada aconteceu na vida dos três personagens, e a descoberta que ainda da tempo de fazer coisas acontecerem, que causem orgulho, ou no minimo, menos arrependimento.

e sob esse ponto de vista o final é adequado ao livro, pois não cabe a ele contar essa segunda parte dessas vidas.

terça-feira, 12 de julho de 2011

Californication Alternative Master Bootleg, Loudness War, opiniões

Esbarrei no Californication, de Red Hot Chilli Peppers, durante um shuffle da vida, e decidi parar pra ouvir, mais uma vez. Como é um hábito hoje em dia, aproveitei o momento para ler sobre o cd também. Felizmente o Californication é um album bem coberto no wikipedia, o que as vezes depende mais da banda que dos fanáticos que organizam a informação.

Nessa leitura descobri o termo Loudness War. "The loudness war or loudness race is a pejorative name for the apparent competition to digitally master and release recordings with increasing loudness." Então, o que vem acontecendo, "desde sempre" no que se trata de masterização, é que os albums são masterizados em volumes cada vez mais altos. De acordo com o artigo, a guerra começou com o CD, mas já acontecia com vinyl; como as jukebox tinham o volume predefinido pelo dono, o vinyl que viesse masterizado mais alto iria evidentemente chamar mais atenção.

No CD a consequência do aumento excessivo do volume é o clipping do sinal, o que quer dizer que parte da música foi perdida pois o volume máximo que poderia ser gravado já foi atingido. e o artigo continua de forma bem mais especifica a falar da situação.

Voltando a Californication, em resposta ao lançamento oficial extremamente alto existe um Californication Alternative na internet, essa versão é um bootleg que ninguem sabe de onde veio, mas que representa um estagio anterior ao produto final, onde as músicas ainda possuiam seu volume preservado. outras diferenças sao a ordem das músicas e a inclusão de outras músicas. Procurando por esse CD eu esbarrei na barreira da ironia, em um dos links que o google sugeriu, pessoas em um forum procuravam pelo Alternativo, mas só achavam uma versão de 192kbps.

Quem começa a andar pelas areas dos audiófilos sabe que existem estágios de qualidade da música, ou do sinal/gravação da música: Vinyl > CD e para arquivos digitais: Flac > Apple Lossless > mp3 320kbps [ou apartir daqui outra terminologia pra os mp3 que é V0 V1 e V2 > 192kbps. Isso quer dizer que depois do vinyl e do cd, e teoricamente do flac e do m4a [apple lossless] os formatos digitais recorrem a compressão do arquivo e a clipagem do som para diminuir o tamanho do arquivo. Então se você busca qualidade no som, não é num mp3 de 192kbps que você vai achar. 

Não é muito fácil achar esse album, encontrei somente num private tracker de audiófilos que frequento e decidi baixar. o que é irônico é que quase tudo que eu baixo nesse tracker eu me arrependo. como ele é private você tem q manter o ratio entre upload e download, e isso é muito difícil de fazer, então a cada download seu ratio piora um pouco. eu acabo baixando lá só o que é extremamente difícil de achar, e a maioria desas coisas escusas, são escusas porque você nao vai ouvir o tempo todo mesmo.

Mas falando do album agora, o som do Californication Alt é realmente bom, é nítido, limpo, claro, e mais adjetivos que significam quase a mesma coisa. os sons ficam mais distintos, os que devem ficar atras da música e os que se destacam e tudo, tudo no lugar. inclusive nao tem aquela voz bizarra no final de Right on Time / começo de Road Tripping que me perturba desde a primeira vez que ouvi esse cd.


Estranhamente, uma banda que eu achei bastante aberta pra falar sobre a vida e o processo de criação dos albums, abertura demonstrada pela quantidade de informação nas páginas do wikipedia, nao comenta sobre o grande debate da masterização de seus CDs. Muito embora normalmente eu nunca tenha visto alguém comentando abertamente sobre defeitos na sua produção de sucesso. Ninguém diz "esse cd da gente que vendeu um milhão de copias tem um defeito horrível aqui e ali mas foda-se" não rola.

Pra mim é importante ouvir argumentos em defesa do suposto erro de masterização, mas não há, inclusive, enquanto lia, mas nao li todo, o artigo sobre Loudness War percebi que a cobertura do assunto parecia vir apenas de críticos e sistemas de som de alta definição, claro que algo que não seja isso, como as pessoas e consumidores normais são coisas mais difíceis de atingirem a wikipedia por causa das regras de validade do material [deve ser algo publicado tantas vezes ou algo assim, uma opinião pessoal evidentemente nao conta e a massa provavelmente nao se importa com algo tão pequeno], enfim, com minha mentalidade de mercado formada no berço do design eu vejo motivos que tornam o volume excessivo na masterização um não-crime.

Não era somente por querer ouvir mais alto que as pessoas tendiam a escolher as músicas mais altas na jukebox, é por querer ouvir tudo. Todos que ja andaram pela cidade, pegaram um ônibus de fone de ouvido podem ter percebido que parte da música vai embora junto com o barulho do mundo. Então ouvir alto também é em certas situações a única possibilidade de ouvir tudo. Eu não acho que as jukebox são renomadas por um som perfeito [mas isso eu suponho é claro pois eu nao conheço as jukebox do passado].

Então em meio a poluição sonora, se uma faixa auditiva da música vai ser perdida a solução é aumentar o volume pra poder ouvir esses detalhes. Eu lembro que no terceiro ano havia um cd que eu escutava, e em certo momento uma parte da musica sumia no barulho da sala, uma parte exata e era muito interessante como simplesmente nao dava pra ouvir ela.

O problema em aumentar o volume em uma masterização "normal" é que a distancia entre os sons "baixos"
 e os "sons" altos vai ser muito grande, então você ouve os detalhes mas também fica incomodado com partes altas demais, e foi isso que senti durante uma caminhada que aproveitei pra ouvir parte do cd, pra poder ouvir tudo o volume estava me incomodando.

Então para mim o Clipping se torna uma parte importante de fazer a música escutavel pela maioria do publico que tem só um som meia boca, e é suficiente, voce aumenta o volume de tudo, no master, e rola um clipping, assim a distancia entre os sons é menor e você pode ouvir a musica sem ferir os ouvidos para entender os detalhes.

Pra finalizar com esse album, Californication, eu digo que entendo a diferença, até onde meu ouvido e meus fones permitem. Músicas como Road Trippin' ganham muito com o master normal, a nitidez colabora com o som acústico e a voz, mas para a maior parte do cd o volume excesivo e a sujeira resultante é benéfica pra mensagem e a estiga do album, e fica certamente mais decente de ouvir nas situações do dia-a-dia. mas para escutar em casa, no silencio e com toda a disponibilidade de volume, vale a pena ouvir o master alternativo.

No final, é uma questão de público. como o público consome aquele produto. eu dei uma olhada no artigo da wikipedia sobre o Stadium Arcadium também de Red Hot porque eu lembro que quando eu ouvi pela primeira vez eu achei o som estourado, com um feeling Californication. o masterizador dos dois albums é o mesmo, mas o Stadium Arcadium também foi lançado em vinyl, com outra masterização, outro masterizador, com níveis de volume normais. Assim, a oportunidade existe de obter as músicas da forma mais coerente com sua forma de ouvi-las. Para mim o lançamento do Stadium Arcadium em duas formas é o sinal de que talvez essa também seja parte da opinião da banda a respeito dos albums.


Pra terminar, eu não consigo separar de mim a sensação de estar me enquadrando um pouco a situação retratada em um dos personagens de nick hornby no livro Juliet Naked, na busca pelo som perfeito. mas minha busca é seriamente mais breve que a dele, e tropeça na minha noção que nao sou especialista em nada e não garanto nada do que digo alem de ser apenas a minha opinião sobre apenas aquilo que sei.