Duas pessoas. uma está contando para a outra um acontecimento. esse acontecimento é uma ação de um terceiro que não é subordinado ou supervisionado diretamente por nenhum dos dois interlocutores mas cujas ações ou produção interferem nas atividades dos primeiros. o relato evidencia que houve no acontecimento uma ação que diverge da opinião e procedimento desejado pelos interlocutores, seja filosoficamente, metodologicamente, ou outro.
fatos observados são:
os interlocutores estão sempre certos, eles não discordam de si, mas do ausente. no caso de três pessoas a, b e c, que podem conversar dois a dois, o que estiver fora da conversa será criticado. ao mudar o par, o excluído será criticado também, pouco dependendo da situação anterior.
há um tipo de interlocutor que se põe, se sente, ou está de fato, em situação superior à do segundo interlocutor, normalmente o relatante do acontecimento. o relato gera exaltação nesse interlocutor 1, na sua exaltação o interlocutor 1 começa a por argumentos em exposição. o curioso é que a forma que ele se coloca é de evidenciar o erro na ação e como se estivesse falando com a pessoa do relato, apesar de estar falando com o relatante. [usando as vezes até "você" ao invez do adequado "ele" ou "ela"]
a postura desse interlocutor exaltado alem de ser agoniante, é infrutifera. ele descarrega a indignação, se valendo da situação sem defesa do ausente, e ainda o faz dirigido ao relatante, que supõe-se a priori estar julgando as mesmas ações do relatado com inadequadas.
o relatante é interrompido pelo exaltado e ouve o que não precisava, em um tom inadequado. recebe o stress de um 'carão' destinado a outro.
a propria situação é ineficiente, sem o terceiro na conversa não há julgamento adequado, nem tomada de ações para corrigir, ou qualuqer medida. toda a revolta do exaltado terá que ser repetida ao devido ator.
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