domingo, 21 de julho de 2013

rapidamente em direção ao inesperado

é incrível como no mundo existem coisas que não concebemos e sequer compreendemos.
essa foi a progressão da "viagem" de hoje:

1 Space Oddity por Chris Hadfield. [eles sempre parecem estar de cabeça pra baixo. simplesmente pelo fato da pele voltar a posição "normal" sem ser puxada pela gravidade.]
o video filmado na ISS pelo Comandante Chris Hadfield, cantando e tocando Space Oddity, de David Bowie, com letras levemente alteradas para sua realidade. incrível, sensível, tocante. não há o que dizer sobre a capacidade de levar homens ao espaço, a grandiosidade disso, e ao mesmo tempo eles se comunicarem conosco, com todos, e compartilharem hoje os meios de comunicação, como iguais, também grandioso esse alcance.

fiquei pensando em Chris Hadfield e sobre como ele deve ter se dedicado para chegar lá, visto que ele celebrou o aniversario de 44 anos da chegada do homem a lua, e como isso o inspirou a ser como ele é. notei que todos os humanos são capazes. que eu sou capaz. só falta o objetivo claro, para guiar meus esforços, como os esforços de Hadfield devem ter sido guiados pela sua inspiração.

dentre os videos sobre a vida no espaço,  um deles é sobre reaprender a tocar violão sem os efeitos da gravidade.

2 Failure de Kings of Convenience estava na minha cabeça mais cedo. diretamente relacionado ao fracasso com a ex-namorada.
3 Treasure de Bruno Mars [o resto do cd nao parece tao bom] aparece na timeline de facebook. muito legal, e dela vou para
4 Rock with You de Michael Jackson. procuro uma imagem de boa resolução daquele movimento que ele faz com os pes para dentro, nao tem, só com 400px. mas nada superará a vontade de michael jackson de querer SER a bola brilhante de festa.

Naturalmente eu ainda li bastante e escutei bastante sobre essas musicas, para conhecer mais.

5 awereness da palavra cisgender, e do uso do prefixo "cis".

quem passear demais pela internet acabará vendo algo que nao lhe agrada. algo inconcebivel, algo impensável. não é a desconstrução da lingua portuguesa escrita, nem o mau uso de acentuação, nao.
dentre as coisas mais dispares que ja me deparei está o cenário de body modifications.
6 chego em Body Integrity Identity Disorder
7 auto amputação, não vou por links de gente fazendo isso.
8 revista séria sobre o assunto de body modification, em uma enorme gama, do mais simples ao mais extremo, link para a parte de amputation

9 Alan Macias, um cara com tatuagens e amputations extremas.
voce ve que o que tá rolando aqui é uma revista, uma publicação, levando o assunto a sério. pessoas sendo entendidas e se respeitando na area dos seus desejos de fazer o que querem com o corpo. mesmo que seja uma disorder, ninguem parou muito pra por em pauta os motivos, a hora pra os motivos é outra, aparentemente. talvez eu me impressione porque vivo no brasil, onde se briga e discute e talvez se fossemos menos preguiçosos, se guerreia por muito menos. ai me pego chegando em assuntos que desse ponto de vista parecem totalmente absurdos, sem pé nem cabeça, as eh realidade, tá ai, tem gente assim, e o respeito e a seriedade e a mente aberta é lindo. eu não tenho que parar para cogitar nem julgar se ta certo ou errado ou o q quer que seja, se é feio ou bonito, o que importa é que tá acontecendo.

de alan macias, um cara que terminou amputado por causa de um acidente de moto, vamos a
10 Tegumai_b um cara que decidiu não ter mais o pé esquerdo e é feliz com a decisão. tá na revista do body mod, bme, se vc pegou o link acima e continuou folheando as noticias. ele sabe que é BIID. sem palavras.

o que eu ia dizer aqui eu esqueci, eu só pensei, depois de ver isso: um dia [quiça num futuro muito proximo, e talves a minha vida toda] vai ter gente ao alcance dos meus ouvidos conversando sobre o certo e o errado, o que pode ser feito ou não, gente ficando revoltada com gente que quer ser gay, ou quer ser bi, ou quer ser diferente da sociedade, da "norma" de alguma forma e eu vou me remeter as ideias que estao aqui nesse post hj, não vou saber referenciar na conversa, talves só fique calado mesmo, ou saia de perto.

eu não sei nem como explicar.


quinta-feira, 4 de julho de 2013

vale a pena ver isso tudo pra saber se vale a pena?

o artista [?] randall munroe é criador da webcomic xkcd onde um dos seus temas recorrentes é o uso do tempo. aqui vai a ultima tirinha:

http://www.xkcd.com/1205/

uma tabela sobre quanto tempo voce pode gastar otimizando uma tarefa, antes desse tempo não compensar mais na economia de tempo da tarefa em si.

esse é um tema muito interessante já que hoje em dia há uma tendencia a fazer o maximo para economizar; tempo ou dinheiro, quando na verdade o tempo perdido em busca de economia pode ter sido maior do que valia a pena gastar.

aqui vao outros conteudos do artista[?] sobre o assunto:

http://www.xkcd.com/974/

http://www.xkcd.com/951/


a tirinha 951 resume tudo de uma forma muito simples: se voce gastar nove minutos do seu tempo para economizar um dolar voce está trabalhando por menos que um salário mínimo. em outras palavras, basta, quando se perceber nessas situações de barganha, parar pra pensar se o dinheiro que voce está economizando pagaria sua hora de trabalho (incluindo combustivel do carro e o que mais for).

não seria comico se não levasse ao ridículo, então ai vai mais uma, levando tudo isso ao extremo:
http://what-if.xkcd.com/22/

mais informações e debates sobre os quadrinhos e obra de randall em: explain xkcd

terça-feira, 18 de junho de 2013

Argos after balls

A cirurgia ocorreu bem. Argos está bem.
aqui está ele durante a cirurgia:
é legal os vets rirem enquanto ele tá com os bagos pra fora, quer dizer que ta tudo bem.

os vets limpeza ainda fizeram uma limpeza nos dentes de argos, que tava precisando.

e aqui está ele após a cirurgia, ainda molinho no carro dirigido pela minha irmã:













segunda-feira, 27 de maio de 2013

Os jogos e a emoção

Diversas vezes eu me encontrei na situação de mostrar um jogo para alguém e tal jogo ser recebido com menos entusiasmo que o esperado. Recentemente eu acho que entendi o porque, e agora me parece muito simples.

O jogo é um novo meio de comunicação, uma nova forma de contar histórias, e está lado a lado com o texto, a imagem, o filme e a música em potencial. Enquanto eu pensava nisso meu cachorro apoiava sua cabeça no meu colo e eu acariciava seu pelo com uma mão, olhando pra tela do computador, nas cenas finais de Journey, um jogo exemplar. Daí eu notei que pelomenas não me recordo de histórias contadas se valendo do tato. Usamos da visão e da audição para contar histórias a um público. Com tato, paladar e olfato relembramos, regozijamos e contamos histórias à nós mesmos.

Mas o texto, a imagem, o filme, a música e o jogo são interdependentes, e dependem inclusive dos sentidos por elas não explorados, na forma de uma biblioteca de lembranças que podem ser acessadas pela história a ser contada, para enriquece-la, intencionalmente ou não, da parte tanto do criador como do público.

Como se estivéssemos adicionando a complexidade e riqueza das nossas histórias ao passo que evoluímos, trazemos imagem, texto e som para compor nossas obras, desnecessário especificar, mas esse três elementos já se encontram unidos no teatro e possivelmente em diversas outras situações antes mesmo de se desenvolver a gravação de som e imagem.

Dentro do mesmo meio, a imagem, apenas passando da estática para a dinâmica, ou da foto para o filme, há uma mudança, com o movimento é adicionado dimensão, o tempo permite outras composições que a imagem estática não permite. E do filme para o jogo
– não que necessariamente o surgimento desse meio se dá como uma mutação do primeiro, mas na verdade se inicia puramente pela idéia de jogo, de brincadeira, imitando mecânicas simples do mundo físico de forma simplificada, como o jogo de tabuleiro –
se adiciona outras dimensões que novamente incrementam em potencial de composição, incluindo até o tato, e outros elementos interativos característicos do jogo, em grupo.

No jogo é adicionado à imagem e ao som um movimento mais complexo que o do filme. O movimento controlado pelo jogador tem o potencial de inseri-lo profundamente na experiência, porém demanda dele autonomia, capacidade de atuar e dirigir a vivência. Para isso o público deve se familiarizar com a interface que o permite interagir com a obra, mover câmera e personagem.

Aí se encontra um dos motivos da minha frustração ao apresentar jogos a não jogadores. E eu percebi isso mostrando um jogo a uma amiga. Outras vezes eu percebi que para apreciar o jogo faltava o entendimento do sentido, objetivo, que é algo necessário de ser clarificado para o leigo que encara o jogo digital a semelhança de um jogo de tabuleiro, um jogo casual, de metas simples. A capacidade de aceitar um contexto dado e de resolução de problemas é algo que acelera a compreensão e entendimento do funcionamento e do seu papel como jogador. E em geral, se eu me refiro ao potencial das artes de provocar experiências emotivas, outro fator – que felizmente não me recordo ter enfrentado em grande volume – é a sensibilidade à elas, que muitas vezes vem com a educação oferecida e a que é dada a si mesmo.

Mas foi desta vez, ao mostrar um jogo a essa amiga, que cumpre todos os prerequisitos acima para entender e apreciar, quando percebi esse fator óbvio: faltava a ela apenas a familiaridade com a interface, o controle. Controlar algo demanda muito do humano. Aprendendo a usar o próprio corpo (a primeira interface) ou qualquer objeto, maquinário como carros entre diversos outros, vãos isolar nossa concentração nisso, fora isso, todo o efeito das imagens e som passarão despercebidos enquanto você estiver se empenhando a manter o personagem numa direção e a câmera em outra e ainda se encontrar geograficamente no espaço virtual.

É uma questão que perdura, como comunicar com sucesso, pois o que quer que seja, encontraremos divergências nos conhecimentos necessários para entender a mensagem. Nesse caso acaba que as novas dimensões adicionadas foram um impecilho para apreciar, e aí talvez seja melhor mostrar o jogo, como um filme, para depois trabalhar na capacidade de jogar.

quarta-feira, 8 de maio de 2013

Argos e ecocardiograma

argos foi no veterinário hoje pra ouvir que alem de velho seu coração já não aguenta o mesmo ritmo de um jovem. o que piora minha convicção de que ele só fica velho se ele, ou eu, souber, só se for explicitamente apontado. e está sendo. só faltou terem me dito mais claramente o seu estado exato, acho que isso vai rolar mesmo no email que a vet vai me mandar.

Por enquanto a recomendação é observar o comportamento do animal para sinais de cansaço demais, tosse demais, coisas de velho demais. fazer outro exame daqui a 6 meses, e fazer a cirurgia com anestesia por inalação que aparentemente é mais limpeza.

foi na clínica Animania, com a Dr. Iracema. por 130 reaus.

*edit*
depois que foi dito eu percebo que argos demora um bocado para se recuperar de qualquer esforco fisico, fica ofegante rapido. mas isso ja faz tempo que ele eh assim.

sexta-feira, 26 de abril de 2013

feliciano e outras polêmicas

o que cansa nessa história de feliciano, e outras polêmicas que rolam de tempo em tempo por ai (especialmente no facebook) é que hj em dia simplesmente não dá pra saber a verdade. eu não tou la pra ver o que esta acontecendo, aliás em quase nenhuma dessas polêmicas é possível atestar com conhecimento de causa "eu presenciei e é assim, assim, assado", tanta gente dissemina informação, tanta gente o faz de forma errada que não da pra saber o que é informação e o que é desinformação.

ate porque o que parece é que cada artigo, noticia, jornal, post de facebook, político, rede de televisão e etc. tem uma agenda por trás, e ninguém está comunicando apenas com o objetivo de comunicar, fatos, sem opiniões, sem ataques a pessoa, apenas fatos. todos querem doutrinar, formar opinião, induzir, convencer. parece que não há outro objetivo dessa comunicação contemporânea alem disso.

nisso que é mais ruído que comunicação nós acabamos dessensibilizados e descrentes, torna-se impossível distinguir o comunicador desonesto do honesto.

ai eu me lembro de algo que me disseram, me lembro do meu amigo Galo nessa hora, mas não sei se foi ele que disse, tipo assim: "antigamente poucas pessoas podiam ou conseguiam se comunicar, ler, escrever, disseminar um conteúdo, por isso eles eram valorizados, o assunto levado a sério, ouvidos. hoje todos podem publicar o que pensam, e por isso, ninguém ouve". na anedota que ouvi tinha a atuação do diabo pra deixar mais humorístico, mas é basicamente isso.

isso se dá não só porque todos querem falar e ninguém quer ouvir, que foi o que pensei da primeira vez que ouvi a anedota, mas porque é tanta informação cuspida em você que simplesmente não da pra ouvir mais, nem e você quiser.

então eu imagino como um papel a4, branco, você não vê nada, ai em rápida sucessão varias pessoas começam a desenhar, escrever, encobrindo, englobando, propositadamente ou não os outros rabiscos, até o papel ficar preto, e você não vê nada de novo.

assim é como se, ouvindo, estivéssemos surdos. e sem perceber partimos pra agir com outros sentidos.

estando cego e surdo, por todos os lados sendo tentativamente enganado, só resta tatear um caminho a seguir, usando dos valores, dos princípios, moral, filosofia de vida, o que quer que seja que você tem pra si mesmo como guia, que deve ser construído com apreço dentro de si.

EU, só posso atestar com certeza sobre o micro universo ao meu redor, que presencio (desconsiderando a dúvida sobre se o que os sentidos alimentam ao meu cérebro é de fato real) e reduzir o que digo a fatos, separa-los da opinião para ao meu diálogo conferir um pouco de clareza.

ultimamente, acredito em ação, agir de acordo com o que penso e com o que quero, por em prática as idéias para ativamente alterar o mundo que percebo, na tentativa de torna-lo mais acolhedor. nesse caminho realmente não me interessa muito o que acontece nessas polêmicas.

voltando aos LGBT, não acho que devia importar pra eles o que feliciano diz ou quer fazer, nem o que lgbtfóbicos dizem, ou acham, ou suas ameaças. as "minorias" tem de atacar as "maiorias", vivendo do jeito que querem, e fazendo o que querem, enfrentando no mundo mais que nas palavras.

um colega de classe na faculdade (nesse, de todos os lugares) disse: "eu não sou homofóbico naao, mas se eu tiver andando no shopping com meu filho e ver dois gays se beijarem eu vou la dar neles, por causa disso disso disso proteger meu filho lalala...". eu espero é que ele tenha essa oportunidade, e saia derrotado, ou por si mesmo, ou pela policia, ou pelo revide daqueles que quer agredir.

domingo, 21 de abril de 2013

argos e cancer

argos, apesar da duvida sobre sua idade, é, ou caji é, um idoso. os pelos brancos se estabelecem nas patas e focinho, mas o vigor e humor são os mesmos.

eu procuro nao falar, ou pensar sobre sua velhice, como se da minha consciência dependesse a sua longevidade. ou que assim ele acabe ouvindo e decida se comportar como um velho.

outro sinal da idade é o aparecimento de nódulos, tumores, cistos, escolha um nome, que levou a decisao de remove-los e castrar-lo, o animal (um dos nodulos eh no ovo. outro na perna, aparentemente).

retornamos ao veterinário sexta, com o nódulo/escara de decúbito novamente excretando pus e foi receitado novamente antibioticos para melhorar.

preparando-se para a operação será feito um ecocardiograma, pra ver qual forma de anestesia usar, e um hemograma pra nunseiquela, ambos serão marcados amanhã.

sábado, 20 de abril de 2013

arverezes

faz umas semanas que plantaram as arvores aqui na calçada. sao ipê-roxo e uma outra na esquina de menor porte pra nao diminuir muito a visibilidade.

foi a sementeira do recife que plantou, sendo feito o pedido pelo numero 156, agora é só plantar mais do lado de dentro.