sábado, 13 de agosto de 2016

risky business - 1983 - subplot: puta de luxo fugindo do cafetão

engolindo a lorota do amigo, joel se empolga pra fazer merda quando seus pais viajam durante o fds. come uma puta, destroy o carro do pai, vira cafetão por um dia e cobre todos os danos a tempo dos pais chegarem e nao perceberem nada.

assim como em dirty dancing, é refreshing ver um filme onde um assunto que poderia ser delicado é simplesmente aceito, e simplesmente faz parte da história, sem muito julgamento.

quando os pais de joel viajam a amigo dele liga pra uma "call girl", forçando ele a ter um encontro com essa nega. turns out que é um travecão marombado e joel tem que sair dessa de boa sem levar umas porradas. ele consegue, e o cara dá um numero de uma nega boa que ele acha que vai ser o que joel gosta. 

o filme começa com uns sonhos, e essas partes são muito boas, ele tem uns sonhos safados mas a safadeza é empatada pelas suas preocupações com seu futuro de faculdade moral e respeito etc. até quando ele vai bater uma  e começa a imaginar as safadezas que ele curte, que no caso é comer uma babysitter, ele é empatado pela policia que chega com os pais dele e o pai da babysitter pra dizer q ele não tem futuro.

a trilha sonora é bem synth e tá bem massa pra hoje em dia.

o filme é mais leve, mas não tem risada fora do lugar. joel dá uma procurada no jornal por outra puta mas acaba decidindo ligar pra o numero que jackie, o traveco, dá pra ele. o numero é de lana e a cena é massa porque parece com um dos sonhos dele, voce fica esperando que vá dar merda em algum momento mas ai a cena acaba e de manhã a nega tá lá ainda, então não só foi realidade como também a nega dormiu lá, massa, muitos pontos pra ele.

o que eu digo que o filme é light mas nao tem risada fora do lugar é que quando aparece o traveco joel se sente em apuros, querendo esquivar da roubada e enquadrar o amigo dele, o personagem não acha engraçado, é a parte do espectador, de sentir pela situação, ou rir ou empatizar com o personagem ou o que for, o filme não te obriga a rir. hoje eu imagino que os filmes forçam muito voce a rir, inserem piadas em todos momentos e quebram, induzem a audiencia. 

então, por sinal, lana é o tipo dos anos oitenta, uma magrinha massa de pouco peito, e cobra dele de manhã, 300 conto pelo serviço. uma pesquisa rápida diz que 300 conto em 1983 seriam 727 contos americanos hoje, isso vai pra 2181 traduzindo pra contos brasileiros, ou seja, não foi qualquer serviço. ele não tem dois mil reais no bolso da cueca, mas disse que podia pegar no banco de boa, e enfim, nessa historia ela some.

mas ele acha ela depois num hotel massa, lana se disfaz do cafetão dela e pede uma carona a ele, o cafetão chega batendo com a arma no vidro do carro e ele sai, tendo que depois despistar ele que decide perseguir de carro, enquanto lana fica saindo pela janela pra falar merda.

isso é massa também, você pensa que é um filme de high school e de repente tem cafetão batendo no vidro do carro e perseguição. o ponto light do filme é o cafetão não ter usado mais força, ou ter dado um tiro, ele é um vilão light, mas a cena da arma é mais forte, e novamente, o filme não ri pra você, então você está livre pra rir do absurdo ou entrar na mesma dos personagens.

o filme não vai tratar dos problemas de ser puta, lana está de boa com isso, com seu negócio, e suas amigas também e é massa ela estar fugindo do cafetão mas isso é só um subplot. por sinal, ela lembra audrey hepburn em breakfast at tiffany's só que loira. no final rola a velha festinha na casa dos pais, só que é com joel e lana sendo os pimps, lana tendo chamado todas suas amigas para trabalhar e joel chamando todos seus amigos para desenbolsar seus cofrinhos pra ele poder consertar o carro do pai que ele atolou no lago michigan fazendo merda. 

ele recupera o carro, sobra uma grana acho e ninguem é assassinado num beco escuro e jogado numa lixeira, nem ele nem lana, o que podemos considerar um caso de sucesso por si só. o filme também não amarra o casal para a felicidade eterna, embora eu não ia achar ruim, se eu fosse ele, de começar ali já meu negocio de cafetão com lana.

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