terça-feira, 1 de dezembro de 2009

2009 334 pedalando

28min45seg
9.11km
39.2kmh
19.0kmh


1824.1 odo

indo só ao trabalho de bike, para poupar energias.

ninguém ensina você a pedalar. você vê seu pai fazendo, ele segura a bicicleta, e você vai pedalando, é só um pé depois do outro. é como andar, ninguém ensina, mas podem te facilitar com os obstáculos ate você se virar sozinho. tirar as rodinhas.

e isso é uma das coisas que não vejo muitas pessoas abordarem. acho que talvez a parte mais solitária do ciclismo. ninguém conversa sobre como se pedala, apesar de ser fácil discutir o desempenho "equipamentwise".

hoje vim explorando outras formas de pedalar, acho que depois de muito tempo fazendo algo deve ser no mínimo natural que a pessoa questione os métodos ou procure otimiza-los sob algum ponto de vista.

pra começar, a muito tempo atrás [dizem que essa expressão é um pleonasmo mas eu gosto assim] eu mudei a forma como meu pé encaixava no pedal. eu sempre havia pedalado com o meio do pé no pedal. eu acho que o conjunto de; um dia prestar atenção nas formas como outras pessoas pedalam e de imaginar que talvez alguns músculos não estivessem sendo usados corretamente, foi o que levou a eu decidir pedalar com a ponta do pé no pedal. por ponta eu me refiro a ultima parte do pé que sai do chão quando você anda.

hoje eu uso a ponta do pé. acho que é melhor.
ai nesse ultimo semestre eu acho que vim perdendo força. eu acho que fui deixando de usar toda a perna devido ao desconforto da calça jeans ou da tentativa de não suar tanto. mas eu não descobri isso assim, eu só percebi que estava indisposto em certos conjuntos de marcha, ou certas velocidades. também, por acaso um dia, acho que apressado para o trabalho desenvolvi uma velocidade e uma aceleração muito maiores que o de costume, claro, estava apressado, mas ai percebi, nessa pedalada intensa, comecei a sentir outros músculos sendo explorados mais intensamente.

acho que em parte dessa percepção houve contribuição  do meu proposital mal uso das marchas, tenho ficado com preguiça de passa-las. e para não rasgar a calça, decidi andar só na terceira coroa.

lembrando desses músculos voltei a usá-los com mais freqüência. sentindo agora todos os músculos da perna [pelomenos todos que eu conheço até agora] eu sinto os glúteos e as coxas sendo utilizadas fortemente, o que as vezes dá uma sensação interessante de poder, de facilidade, quando eu subitamente alterno de posição na bicicleta ou uso-os de formas diferentes, os relaxados ficam ativos e não tão cansados como os outros, produzem bem mais.

foi por ai que comecei a perceber que, apesar de andar com a ponta do pé a batata da perna ficava parada, tensa na mesma posição. nos alongamentos de academia, você alonga a batata da perna num batente ou qualquer coisa, ficando de ponta de pé e relaxando. esse movimento do pé para frente e para trás.

na minha mente não vejo nenhum ciclista fazendo isso com sua perna enquanto pedala. comecei a fazer.
com o pedal na sua posição mais alta, empurro- para baixo com o pé levemente relaxado, até o que eu acho que deve ser o primeiro quarto da volta, onde então eu parei de usar a força da coxa e dos glúteos e terminei de fazer a volta com a batata somente, esticando o pé até o final dessa meia volta.

isso é uma visão mais explicativa esquemática da coisa, mas o importante mesmo foi abrir espaço para o uso da batata no movimento, dando mais força na alavanca, e acho que a melhor forma de fazer isso é como descrito acima, usando esse movimento de esticar o pé para terminar a descida do pedal, depois de dar um impulso com o a perna toda.

a força do resto da perna, principalmente da coxa não é exatamente estagnado nesse momento, embora eu tenho tentado isso das ultimas vezes para experimentar. ele é adicionado ao movimento da batata, e este estando bem descansado em relação ao resto do corpo, dá uma sensação de leveza incrível por alguns momentos, até que sua batata se canse mais, até porque ela não está tão acostumada.

curiosamente, eu não sinto que a sincronização desses movimentos acontece bem na minha perna esquerda, o que é estranho. mas é até compreensível vendo que várias coisas na bicicleta eu tenho um lado melhor que o outro. mas no resto da vida também é assim.

essas variações dos usos dos músculos ja me foram úteis em algumas viagens e trilhas, passeios mais intensos onde cheguei a ficar bem desgastado, davam uma forcinha a mais.

eu fico pensando se outras pessoas fazem isso, ou descobrem novas formas de andar ou de pedalar por acaso, porque, por acaso, ninguém fala sobre isso, é só pedalar, mas cada um deve pedalar de um jeito.

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